terça-feira, 31 de julho de 2012

CINQUENTA TONS DE ALGUMA COISA

No final de semana retrasado, uma jornalista da Folha de S. Paulo me enviou um email pedindo minha opinião sobre a série de livros iniciados com Cinquenta Tons de Cinza (várias de vcs já tinham me pedido isso também). Eu, sempre atrasada, mal sabia que a trilogia da britânica E. L. James já vendeu 31 milhões de exemplares só em inglês e foi traduzida para 37 línguas. 50 Tons será lançado no Brasil amanhã, numa primeira edição de 200 mil cópias. A Marie Claire tá promovendo concurso cultural, o livro já ganhou capas e reportagens de revistas -– enfim, o hype é grande.
Só pra resumir pra quem não conhece, Fifty Shades of Grey foi escrito por uma ex-executiva de TV e atual dona de casa de meia idade (estranho que essas descrições nunca são importantes quando o escritor é homem), e trata de Anastasia, uma universitária americana, virgem e bobinha, e seu relacionamento com um jovem e difícil bilionário, Christian Grey (o “50 tons de cinza” faz um trocadilho com seu sobrenome, Grey), que a convida para que ela seja sua escrava sexual durante alguns meses. Por conta das descrições explícitas das cenas de sexo, o livro vem sendo considerado “pornô para mulheres”, principalmente para mães e donas de casa na faixa etária da autora.
Eu tentei ler o livro rapidinho e enviei essas linhas pra Folha:
Apesar do sucesso da trilogia, eu não conhecia 50 Tons de Cinza. Li apenas o primeiro volume, em algumas horas, correndo. Está, de fato, muito mal escrito. Se o livro tivesse apenas longos contratos, diálogos e emails entre Anastasia e Christian Grey, e descrições sexuais em terceira pessoa, seria mais fácil de engolir. É altamente irritante o que Ana “pensa”, que consiste basicamente em apelar para sua “deusa interior”, repetir como Christian é lindo, e usar e abusar de três expressões, presentes em todas as páginas do livro (“Holy crap”, e às vezes apenas “Crap”, “Holy cow”, e “Holy hell”). Depois do trigésimo “Holy alguma coisa”, a gente fica torcendo para que Christian utilize sua experiência sado-masô e amordace a narradora Ana.
Não vejo grandes semelhanças entre 50 Tons e Crepúsculo. Precisamos parar de comparar todos os livros ou filmes feitos para o público feminino com Crepúsculo! [Atenção: leitoras informaram que 50 Tons começou sendo escrito como fanfiction de Crepúsculo]. Christian é um stalker cheio de problemas, assim como Edward, mas acaba aí. Não existe triângulo amoroso em 50 Tons, assim como não existe sexo explícito em Crepúsculo.
O livro mistura amor romântico com sexo explícito, e claramente existe um grande mercado feminino pra esse tipo de literatura que, imagino, daqui pra frente será melhor explorado. Não creio que o principal atrativo do livro para as leitoras seja o universo sadomasoquista. Ele funciona apenas como uma justificativa para que seja apresentado um tipo de sexo minimamente mais transgressor. Mas os ingredientes básicos de qualquer história para o público feminino (e sim, é terrível que ainda acreditemos em príncipes encantados) estão ali: a heroína virgem e o milionário (que, por conta da inflação, vira bilionário). Christian Grey quer que Ana seja sexualmente submissa a ele, mas é ela que vai domar seu coração.
Agora, não concordo em desmerecer a trilogia porque ela foi escrita por uma mulher (E. L. James) para mulheres. É o que a mídia faz sempre, como se, sei lá, Transformers, feito para meninos, fosse algo superior. Se 50 Tons fizer com que suas leitoras alimentem novas fantasias eróticas ou reacendam a vida sexual no casamento, dou todo o meu apoio. Pelo menos o orgasmo feminino aparece frequentemente na trilogia, embora muito menos que os “Holy crap” da narradora.
Hoje saiu um curto artigo na Folha, “Água, Açúcar e Algemas”, em que eu sou citada neste trecho: 
As feministas não têm respondido nada bem. É que além de amordaçar Anastasia na cama, Christian Grey controla seus passos e sua dieta, exige que ela o chame de senhor, esteja sempre depilada e pronta para o sexo.

Mas Lola Aronovich, professora de literatura e autora do blog feminista 'Escreva, Lola, Escreva', não acha que o livro seja machista: 'Se ele faz com que as leitoras alimentem novas fantasias eróticas ou reacendam a vida sexual no casamento, apoio. Pelo menos o orgasmo feminino é frequente na trilogia'. 
A pedra no sapato não é tanto o feminismo, mas as acusações de que a série é só um plágio picante de 'Crepúsculo'.
Quer dizer, eu não disse se o livro é ou não machista, até porque ninguém perguntou. Um cenário de BDSM (Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo) em que uma mulher é submissa (sub) de um dom é machista? (Leitoras praticantes de sadomasô ainda estão me devendo um guest post relacionando como é ser feminista e sub). Não necessariamente, né? Aquilo é uma fantasia sexual, um jogo com muitas coisas acertadas previamente, safe words (senhas pra parar no momento em que a sub quiser parar)... 
Embora Ana seja irritantemente estúpida, é ela quem controla a narração da história. E, pelo menos no primeiro livro (tenho muito pouca vontade de ler os dois outros), é Christian que está “dominado”, correndo atrás dela, implorando para que ela aceite o acordo. Mas só isso não faz do livro machista ou feminista, ou nenhuma das alternativas anteriores.
O que mais me interessa é a recepção ao livro. O que o sociológo disse na matéria da Folha, se é que alguém realmente diz aquilo que lhe é atribuído numa matéria (“As mulheres sofrem hoje uma crise de excesso de controle. Precisam ter controle sobre a carreira, a casa, os filhos. Natural que a vontade de se submeter ao controle de outro surja como fantasia sexual, sem significar um retorno ao machismo"), eu já ouvi de mascus: que 50 Tons mostra o que a mulher realmente quer, que é ser dominada e controlada por um macho alfa.
Gente, quanta besteira. Sem levar em consideração os mascus, que têm imensas dificuldades de diferenciarem vida real de ficção (eles têm certeza que Cisne Negro é um documentário sobre o lado obscuro da mulher!), é preciso ficar com um pé atrás sempre que a mídia pega um fato isolado (o sucesso editorial de um livro, no caso) para determinar que estamos diante de uma tendência. 
Estamos? Mesmo? Mulheres estão querendo ceder controle sexual aos seus parceiros para compensar a atitude de “estar no comando” que levamos no nosso dia a dia? Pra começar, a própria ideia de que alcançamos a igualdade e de que estamos no comando contradiz a dura realidade de que apenas 5% das cem maiores empresas brasileiras são comandadas por diretoras, ou de que só 1% de toda a propriedade no mundo pertence a mulheres.
Depois que tenho minhas dúvidas que legiões de mulheres estejam correndo a sex shops para comprar algemas, chicotinhos, cordas, vendas para tapar os olhos, e sei lá mais o quê. O livro parece proporcionar uma oportunidade para que o público feminino leia cenas de sexo, não tanto cenas de BDSM. Lógico, há muitos livros eróticos (recomendo fortemente o clássico O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence), e imagino que mais bem escritos. Mas 50 Tons conseguiu a façanha de virar onda. Eu posso não gostar do livro, mas tem muita mulher apimentando sua vida sexual por causa dele. E isso não é ruim.

152 comentários:

Bruno S disse...

A descrição do livro "universitária americana, virgem e bobinha, e seu relacionamento com um jovem e difícil bilionário" me parece um fetiche machista básico.


Por outro lado, acho positivo que o livro permitia às mulheres uma leitura que estimule sua vida sexual.

Assim como em nossa sociedade, às vezes acho que se está fazendo com que as pessoas leiam, já é um avanço.

Lord Anderson disse...

Nossa Lola, eu acabei de ler esse livro semana passada.

Como alguem que conhece um pouco o assunto e ja leu muitosssss livro com o tema eu gostaria de fazer alguns comentarios.

Eu não entendi como virou fenomeno vendas. A trama é basica de romances.

Moça ingenua e que não se acha grande coisa encontra homem com os 3 +.

+ velho, + rico, + experiente.

O cara é lindo ,perfeito, super sedutor mas nunca conheceu o amor puro e verdadeiro até encontrar a mocinha.

O BDSM ligth pode ter atraido a atenção do publico fora do nicho,e até servir para iniciantes, mas pra quem conhece um pouco é tedioso.


Alias, na minha modesta opnião o livro trata muito mais de uma moça "baunilha" que só aceita entrar em jogos SM pq ta apaixonada pelo senhor perfeito (oh, tem isso em comum com Crepusculo, o adjetivo perfeição é mencionado aos montes), coisa que raramente da certo.


Outra coisa importante é que não nenhuma novidade no tema escolhido.

Existe centenas e centenhas de livros com tematica SM.

Muitos escritos por mulheres. Alguns com coisas hiper leves e outras com algumas que me "assustam", rs

Eu não fiquei com vontade de ver as continuações.

E acho que foi o perfil "normal" da autora que ganhou destaque nos jornais.

Oq tb não é novo. A maioria dos autores e autoras de livros eroticos são pessoas "comuns"

Laura disse...

Não li o fifty shades of grey, mas, pelo que eu saiba, ele é comparado à crepúsculo porque, originalmente, ele era um fanfiction de chamado Master of the Universe, que tinha como personagens principais a Bella e o Edward. No livro, apenas foram mudados os nomes deles. Mas, como só se utilizou as características deles, em um universo alternativo, foi possível a publicação como um livro sem que isso fosse considerado plágio.

É legal que há pouco tempo li que George R. R. Martin (autor the song of ice and fire) disse em uma entrevista que considerava fanfictions um disperdício de potencial, pois os autores de fanfics poderiam gastar seu tempo escrevendo obras originais e, apesar de não concordar exatamente com ele, acho que é disso que ele estava falando: uma história que é basicamente original, mas que a princípio foi publicada como fanfic. Mas não consigo concordar sobre o "desperdício de potencial", até porque acho que a maior parte dos escritores de fanfiction não quer (ou mesmo não consegue) trabalhar em histórias independentes..
Ok, acho que fugi um pouco do tópico. Quanto ao que você escreveu, concordo que uma história de BDSM não necessariamente é machista ou feminista, mas acho que é saudável literatura sexual voltada para mulheres.

Anônimo disse...

lola, as comparações com crepúsculo não são pelos livros serem parecidos e sim porque esse livro era uma fanfiction au (alternative universe) de twilight que foi alterada para se tornar um livro (levemente pelo pouco que consegui ler...).

Juba disse...

Lola, você já leu a série Crepúsculo ou baseou a avaliação nos filmes? Não que seja uma grande história, mas tem nuances interessantes e menos "stalkerismo", a personagem principal foge do estereótipo da mocinha delicada e feminina, morre de vontade de transar, entre outras coisas. Avaliar pelos filmes não dá, vi suas deduções sobre Amanhecer e errou os tiros mesmo...

A Foia é dureza, né? Distorce tudo!

Abraços

Samantha Pistor disse...

Sério, só o resumo do livro me deu sono. Essa história é pra lá de batida.

Diana Palmer e Linda Howard já fizeram 490349394 livros com a temática virgem bobinha inocente que se apaixona por um homem frio e calculista, com descrições picantes de sexo. Acho que alguns envolveram até casamento fake para que a pobre moça falida pagasse suas dívidas. Todos os livros são bem conservadores e pregam a pureza da mulher. Só o livro Matar por Prazer tem uma veia feminista.

Lora Leigh já explorou em SETE LIVROS relacionamentos a 3, bondage, sadomasoquismo, compartilhamento de mulheres, de homens, sexo lésbico, casais mais jovens, sexo de uma mulher com dois irmãos gêmeos e muito, muito mais. Esse é um livro 100% sexual, voltado para o erotismo e eu acho os enredos sensacionais.

Até Judith Krantz, em seu livro Princesa Margarida explorou o incesto, narrando, com requintes de detalhes e até crueldade, as cenas em que a irmã de 15 anos faz sexo (e depois é violentada) por seu irmão mais velho. E é incrível como apesar do estupro narrado em detalhes, o livro, ao meu ver, é feminista.

Não sei o que há de transgressor nessa obra. É um mero repeteco das obras carolas dos anos 90. Acho que a novidade é conseguir enrolar um enredo batido em três livros.

Vou ler Jogos Vorazes que eu ganho mais. Essa trilogia sim é transgressora, apesar de sequer fazer alusão a sexo.

Anônimo disse...

Meio que como o filme "Nine and a Half Weeks", no Brasil o título é "Nove Semanas e Meia e Amor" meados da década de '80. O filme vem do livro de memórias tb de uma mulher.

Aproveito e indico outro livro/filme do gênero, o original é em francês Histoire d'O/Story of O/A História de O, publicado há quase 60 anos e deu filme nos anos creio que 70 ou 80 e o livro tb é de autoria de uma mulher. Durante décadas pensava-se que fosse um homem com pseudônimo feminino.

Anônimo disse...

Mulheres estão querendo ceder controle sexual aos seus parceiros para compensar a atitude de “estar no comando” que levamos no nosso dia a dia?
______________________
Comando???
que comando???
a mulher não está no comando de QUASE NADA...
continuamos ganhando
MENOS que os homens por fazer
o mesmo trabalho.
as posições de chefia continuam
sendo dos homens , apesar de ter muita mulher qualificada e até melhor para isso, mas o PRECONCEITO sempre fala mais alto no final...
Esse maldito sistema quer sempre enfiar alguma porcaria goela abaixo das mulheres... Sempre!

Anônimo disse...

Lola não sei se vc leu Crepusculo, mas eu achei muitas semelhanças entre os dois. A autora é fã assumida de Crepúsculo e da para perceber claramente que escreveu uma fanficona que mistura os personagens de crepúsculo,os atores de Crepúsculo e uma história original.

Há tantas, tantas semelhanças entre os personagens que é impossível negar que ela escreveu usando os personagens alheios...

Há uma lista em um blog que cita pelo menos 60 itens, e isso em um livro em que os personagens não são muito complexos...Achei 50 tons de Cinza mal escrito e o tal Grey insuportável...

Bruna B. disse...

Uma amiga me indicou essa trilogia, mas como sei que ela adora esse tipo de literatura (onde a personagem é uma mocinha de 30 anos, virgem, e se apaixona por um cara lindo e rico, mimimimi) não fiquei tentada a ler.
Detesto esse tipo de literatura e agora, lendo esse post, gosto menos ainda.

Lola, leio muito e faço parte de grupos de leitura, onde as pessoas indicam livros, fazem críticas, etc; E sei que a maior parte dos livros que fazem parte da tal 'Literatura Romântica' são extremamente machistas e beiram o absurdo... logo, não tenho estômago pra isso.

Anônimo disse...

Ainda que de maneira teatral e consensual, o sadomasoquismo alimenta a psicologia do sexo não consensual, do sexo como meio de submeter o outro. ISSO NÃO É CULTURA DO ESTUPRO? Como você pode criticar a cultura do estupro e absolver o sadomasoquismo como fantasia inocente da vida privada?

Anônimo disse...

A Bela da Tarde
busquem o filme.

Lord Anderson disse...

Samanta lembrou bem.

Sem contar que a Lora Leigh escreve muito melhor.

E eu não sabia que 50 era uma fanfic.

Isso explica o fato de Anastacia tb ser uma "destrada", sempre derrubando tudo, de Grey ficar querendo comprar coisas pra ela, e da familia "perfeita".

L. disse...

"(Leitoras praticantes de sadomasô ainda estão me devendo um guest post relacionando como é ser feminista e sub)"

A submissão voluntária e esporádica dentro de quatro paredes não ofende a nenhum princípio feminista, porque trata-se de consensualidade e respeito à liberdade do próximo.

Anônimo disse...

É de se pensar quando um livro de literatura serve ou pode servir imediatamente para alguma coisa: sexo, partido político, filosofia de vida. Claro que a longo prazo, livros e leituras servem para um monte de coisa. Mas quando a ligação é direta, isso para mim é um problemão.

Por isso não concordo contigo, Lola, quando você afirma: ah, se as mulheres estão tendo mais orgasmos, então tudo bem.

No mais, concordo com o pessoal que leu o livro e comentou aqui: a trama é baseada em melodramas. Quando eu era mais jovem, nos EUA, costumava ler Harold Robbins, Sidney Sheldon. O livro me lembrou bastante desses escritores. Papeis ficcionais bem definidos, imediatamente reconhecíveis, são encaixados num enredo de acomodação (em que no final o amor ou a família ou a pátria preenchem todos os erros e percalços com seu sentido). É um clichê conservador. Uma narrativa que não tem nada demais, fora, claro, ser um grande negócio.

Achei o livro "bom de ler" justamente porque não é necessário lê-lo. Os personagens, as situações, tudo é tão prontamente identificado e preenchido por nós que as páginas voam. -- Brian

Priscila Boltão disse...

Ai que essa é minha área!!!!
Ainda não li Fifty Shades of Grey mas confesso: fiquei afim. Pelos mesmos motivos que todo mundo odeia: é uma leitura fácil, bobinha cheia de "sem-vergonhice". É quase uma novela das 9! Não quero ler porque adiciona alguma coisa na minha bagagem de literatura, mas pela curiosidade.
Lord Anderson disse que não sabe COMO esse livro ficou tão trending, mas eu acho que é a razão mais básica que todo mundo aponta: pornô pra mulher. Por mais que haja livros nessa linha e MUITO melhor escrito, 50 tons ganha tanta atenção por ser simples, fácil de ler, pornô. Quanta mulher esperou por isso? Pq os vídeos de hoje em dia que recobrem a internet são, basicamente, voltados para homens. Não que 50 tons seja inovador - a Ana cumpre muito claramente o papel de mocinha perfeitinha que os filmes vendem. Mas ainda assim, 50 tons é mais voltado pra mulheres, é pornô e é "facinho". Fora que o julgamento é muito menor. Uma mulher vendo um filme pornô é um escândalo, mas uma mulher lendo um livro?
Eu vejo MUITA crítica a esse livro no nicho "bookaholic" do tumblr, que é uma rede muito mais aberta e com muito menos preconceito que a maioria, e te digo: o preconceito, nesse meio, é muito menos por ser porno pra mulher, e muito mais por ser um pornô ruim e por ser mal escrito. Dia desses vi alguém dizendo que seria uma ofensa à sua coleção de livros bem como a sua coleção de pornografia colocar 50 tons em qualquer uma delas.
E eu concordo. Anastasia é chata, Grey é chato, e o joguinho de gato e rato entre eles é uma versão NSFW dos joguinhos de Edward e Bella. Grey consegue tudo que quer com dinheiro, Ana é um porre mas de alguma forma seduz o cara mais desejado ever, e acho que se não tivesse tanto soft porn nesse livro, ngm aguentaria nem metade.
Claro, eu sei q o livro é mal escrito porque E. L. James não é escritora. E talvez o porn não seja de meu agrado, mas pra mulheres que tiveram que reprimir a sexualidade tanto tempo e agora - finalmente - estão começando a se descobrir, pode parecer inovador. De qualquer modo, to louca pra ler, pq morro de curiosidade, mas vou ler sem julgamentos, sem expectativas, assim como se faz com novela mesmo.
(Fora que ter um blog literário e não resenhar livro ruim, seria muito engraçadinho da minha parte).
Sobre as semelhanças com Crepúsculo, eu tenho o link da fanfiction original. Não li 50 tons mas oq li de cada um, me deu a impressão que só mudaram Edward pra Christian e Isabella pra Anastasia e fim. Se alguém quiser eu passo o link, mas não tive paciência de ler no computador.
E Lola, eu acho engraçado o modo como vc vê Crepúsculo bem. Eu acho um continho machista sobre como meninas boazinhas encontram um príncipe encantado pra ""cuidar"" delas.

L. disse...

o sadomasoquismo alimenta a psicologia do sexo não consensual, do sexo como meio de submeter o outro."

Não alimenta a psicologia do sexo não consensual porque antes de qualquer ato as pessoas CONSENTEM dentro dos limites que cada um quer pra si.

A coisa pode ficar só na suposta humilhação verbal, ou na física, ou em atos que chegam a envolver algum grau de dor, mas tudo, tudo mesmo é determinado ANTES.

Lord Anderson disse...

Mas Priscila, livros porno escritos por mulheres tem bastante.

e bem mais estimulantes e bem escritos que 50 Tons.

Alias de uns dois anos pra cá eu tenho dado preferencia autores mulheres nesse quesito.

A minha duvida é pq justo 50 ganhou esse alarde todo, com tantas escritoras ja no mercado a mais tempo.

É mais ou menos como Crepusculo. Pessoal tratava como se fosse uma novidade, quando na mesma epoca saiam varios outros livros sobre o romance de mulheres humanas com vampiros.

Por algum motivo, justo os mais conservadores (na minha opinião de fã do genero) ganharam repercursão.

E se vc puder passar o link da fanfic eu agradeço.

Katia disse...

Eu li o primeiro livro só até a metade, larguei porque achei chato, infinitamente chato e passou largo ao meu conceito de "coisas excitantes". A narrativa escrita de maneira porca e amadora também não ajuda muito.

Tenho dois comentários apenas a fazer sobre essa história toda:

1. "mommy porn" me parece um termo cunhado na caldeira do perjorativo, não me agrada em nada

2. que esses livros não sirvam de base para nenhum pseudoestudo do Instituto As Vozes Me Disseram concluir que toda mulher tem fantasias sadomasoquistas e portanto, tal coisa pode ser presumida de plano ou embasar atos violentos contra as mulheres, porque na teoria "todas gostam de umas palmadas".

Samantha Pistor disse...

Da literatura de best seller, eu tenho um grande respeito e admiração por Sidney Sheldon. Ok, ele cai na literatura comum, mas muitas personagens femininas do tio Sheldon são altamente poderosas e eu acho fantástico como ele dá poder para as mulheres em uma época em que elas eram todas submissas.

Tio Sheldon criou heroínas muito mais interessantes e fortes que as próprias escritoras, que limitam os enredos femininos a aprender a "fazer amor" (trepar não é coisa de mulher direita) e arrumar marido, conquistando o coração do homem desapontado.

Mesmo muito romance do Sheldon caindo no senso comum como A Herdeira, é inegável que as personagens femininas dele e o próprio romance em si são muito mais densos que histórias como a mostrada no post.

Quem leu O Reverso da Medalha sabe do que estou falando.

Samantha Pistor disse...

Quanto aos comentários de plágio, eu, particularmente, não os levo a sério.

Acusaram a Collins de ter plagiado a Meyer, simplesmente porque na obra Jogos Vorazes existe um triângulo amoroso. E sim, é só isso. Quem ler as continuações vê que nem os personagens, nem a trama, nem o viés político tem alguma coisa a ver com Crepúsculo.

Em um livro onde temos a história narrada pela moça, que é uma bobinha procurando seu príncipe, nada mais logico que também ia ser comparado com Crepúsculo.

Agora se for falar de plágio por plágio, Crepúsculo é uma cópia teenager das séries Buffy e Angel, com algumas mudanças. Se formos falar dessa obra nova, a moça, como eu disse, está mais plagiando Diana Palmer e Linda Howard que escreveram milhares de livros com esse tema.

Eu, particularmente, não li o livro, mas não acho pelo resumo que seja um plágio. Edward era apaixonado pela Bella e morreria por ela. Edward não era bem cínico, era um romântico careta incurável. Bella era a moça interessada no sexo. A temática aqui me parece ser bem diferente.

Anônimo disse...

"E sei que a maior parte dos livros que fazem parte da tal 'Literatura Romântica' são extremamente machistas e beiram o absurdo... logo, não tenho estômago pra isso."

Basta pensar naqueles livrinhos em papel-jornal que se vende em bancas, com nomes femininos... "Sabrina", "Bianca" e assemelhados. Boa parte deles foi escrita por homens, sob pseudônimos femininos.

Anônimo disse...

Tudo que Sidney Sheldon escreveu fez sucesso - romances e roteiros para cinema e para TV; filmes de sucesso e séries de TV de sucesso. Dizer que ele foi um escritor chulo é como Virginia Wolff dizendo que Ulisses é um ivro mal escrito, etc. etc.

Anônimo disse...

Angelina Jolie querendo fazer no cinema o papel de Anastacia/Ana.
http://earsucker.com/2012/angelina-jolie-wants-50-shades-of-grey-role-as-anastasia-steele/

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkk Lola, sério q os mascus q Cisne Negro é sobre o lado obscuro da mulher??
kkkkkkkkkkkkk


Lana

Bruno S disse...

Lord,

acho que o sucesso em literatura tem mais a ver com a divulgação conseguida do que em outras áreas.

Há muitos mais livros que filmes e muito menos mídia a respeito, por exemplo.

Então um livro que tem uma origem interessante (a tal da "fanfic") e que preenche um nicho de mercado acaba fazendo muito sucesso. Mesmo que a qualidade seja duvidosa.

Anônimo disse...

Pelo visto aparece um Paulo Coelho de saias... acusado/a de escrever mal, assuntos banais, plágios, e vende mais do que ninguém trecentos idiomas!!!

A autora de 50 Tons de Cinza, EL James ganha aproximadamente um milhaum de dólares por semana. POR SEMANA! Assim como que a cada 7 dias, ela vai ao banco e deposita um milhaum de dólares...
http://crushable.com/entertainment/fifty-shades-of-grey-el-james-profits-989/#ixzz22EAajq9y

Barbie Furtado disse...

Certo, vamos lá, tenho uma super opinião sobre isso...

O problema dessa série é exatamente o problema da sociedade, que o tal do "mommy porn", do pornô pras mulheres ainda é essa coisa da mulher ser submissa mesmo. Só vende quando a mulher é bestinha, branquela, virgem, aí é super best-seller. A mentalidade feminina é influenciada pela sociedade machista em que a gente vive. Ou vocês acham que se ELA fosse a mulher de nogócios, dominadora, com o mesmo tanto de sexo e SMBD, iria vender tanto? Nem a pau!

Eu tinha o maior preconceito do mundo com "romance novels" (não sei bem traduzir pro português, que novels são o nosso romance, mas, enfim), livros de romance. Preconceito mesmo, porque achava que todos eram essa história cheia de mimimi, da menina que se descobria com o cara, e ele era protetor, dominador, sei lá. Porque era só isso que eu via por aí. Mas aí eu descobri que existe toda uma comunidade de autoras (principalmente) de romance que se recusa a escrever heroínas assim. Praticamente todo livro de romance que eu leio, a mulher tem papel equivalente ao homem professional, social e sexualmente, não importa se é romance contemporâneo ou histórico.

A grande dos membros do RWA (Romance Writers of America), teve criticaram bastante Fifty Shades, li vários blogs sobre isso porque é uma romance que vai contra tudo que um romance deve ser. Também li vários blogs de editores e agentes literários falando a mesma coisa. Impressionante.

Anônimo disse...

Barbie F. fui visitar seu blog e gostei do que li, mas vc escreveu um único post há mais de 18 meses e never went back.

Priscila Boltão disse...

Ai, deletaram o link que eu tinha pra fanfiction!
Sorry, Lord Anderson. Deve ter sido pq foi muito divulgada no tumblr e alguém deve ter verificado... mas se eu achar outro link eu passo.

Acho tb, agora q vc mencionou, que o conservadorismo influi muito. Como eu disse, é tudo muito soft. Acho que é suficiente pra não chocar tanto as "mulheres direitas". E mantém, como eu disse, a idéia de garota-certinha-que-conquista-homem-maravilhoso.

Ginger disse...

Aff que péssimo esse livro! =/

Lola pra mim esse livro só tá fazendo esse sucessão ai pq ele prega esse complexo de princesa! Pra mim ele é machista sim!

A menina pura que acredita que vai salvar o cara que é perfeito, porém é muito frio, bla bla blá. Pra isso ela precisa "dominar" o coração do cara fazendo tudo que ele manda na cama, ah por favor!!!

Gente, é muito tosco, o cara podia propor pra ela tanta coisa! Uma viagem ao redor do mundo um casamento mesmo, mas não, ele quer uma boneca de carne! (desculpe o palavriado grosseiro).

Lola e comentaristas desculpem eu sei que é preconceito e tudo mas essa coisa de sadomasô não me desce!!!

Jéssica disse...

Barbie Furtado,

Você me falar que comunidade é essa e me dizer alguns títulos de livros nessa linha? Me interessei muito!

Laura disse...

Lord Anderson,
Segue o link onde acho que dá pra baixar o arquivo da fanfic:
http://www.keepandshare.com/doc/3808268/twilight-fanfic-docx-april-12-2012-9-08-am-1-2-meg

Anônimo disse...

SADOMASOQUISMO É CULTURA DO ESTUPRO!

Anônimo disse...

Samantha me criticou por eu citar o Sidney Sheldon. E sugeriu que eu fosse ler "O reverso da medalha".

Bom, justamente por ter lido é que citei Sheldon. Harold Robbins está no mesmo caso, embora Sheldon seja evidentemente mais inteligente do que Robbins. Eles utilizam gêneros "prontos" (romance de tribunal, romance de espionagem, romance de traição) e as personagens do Sheldon não me parecem tão mais sofisticadas do que as do 50 tons. E para mim está bem assim. Não são livros de personagens, são livros de ação, peripécia, pensados como roteiros de cinema.

Mas daí a dizer, por exemplo, que discutir o Sheldon por seus esquemas narrativos conservadores é o mesmo que ser uma V. Woolf criticando Ulisses, vai uma distância sem fim. Foi uma tentativa retórica de se bancar na discussão citando Ulisses e Woolf?

Espero que não, pois vou considerar como argumento. Lá vai: Woolf era una aristocrata criticando tudo o que lhe parecesse burguês ou democrático. Ainda assim, escreveu um livro como "One Room of One's Own", peça chave na discussão das condições materiais para a emancipação das mulheres. Logo, era uma aristocrata vazada por posturas anarquistas. Não vejo como a crítica de Woolf a Ulisses ajuda a compreender melhor o que estamos mapeando nesses romances best-seller: o corte conservador, a repetição de esquemas narrativos a serviço de uma ideologia liberal, individualista. Isso não significa que os livros de Sheldon são um lixo, que não servem pra nada. Apenas significa entender a posição deles, para não pagar de elogioso do Sheldon e de pseudocrítico da Woolf. Se Sheldon é complexo, Woolf é bastante complexa também. -- Brian

Carlos disse...

A pornografia feminina são as novelas.

carla disse...

É um livro que não me desperta curiosidade. Li o primeiro capítulo e nada me impressionou ou instigou a querer ler o segundo (e para isso, teria que adquirir o livro, o que não farei).

Esse mundo de submissão e domínio, sei lá... Deve ter mulher que curte, tem louco pra tudo. Costumamos brincas (eu e mulheres da minha família), que dá dó dos homens que casaram conosco, pois somos todas tão geniosas e donas de nossa verdade, que pra eles é um fardo não ser o PROVEDOR, mesmo que ele ganhe mais (como não é o caso de todas nós)...
Nós somos criadas para sermos o melhor que pudermos, a melhor profissional, a melhor dona de casa, a melhor amiga, mas acima de tudo isso, a ter um gigantesco amor próprio, que nos finca no chão e não permite que esse mundo encantado nos iluda...

Comparo esse livro à aqueles Bárbara, Sabrina, Cristina, e qualquer outro nome de romances de banca de jornal que ficam sob a tampa acoplada dos banheiros de alguns lares (minha mãe lia) kkkk

O cara perfeito, a mocinha dependente e sexo...

Beijos,
Carla Mariano - @maoslindas

Anônimo disse...

Seja como for o livro está bombando e já está vendendo mais do que a séie Harry Potter, pois o 50 Shades of Grey é o primeiro de uma trilogia. Esperneiem, critiquem, botem a autora abaixo, mas o livro já é assunto fervilhante em Hollywood e beldades lutam pelo papel. A quem caberá Anastácia/Ana? Comecem a sugerir e vamos ver quem acerta. Ah e para Mr. Grey, vcs apostam em quem?

Anônimo disse...

EL James vendendo mais rapidamente do que a série Harry Potter:
Fifty Shades of Grey (2011)
Fifty Shades Darker (2012)
Fifty Shades Freed (2012)
A trilogia na www.Amazon.com custa menos de 30 dólares.

Aqui vai o que li: O livro começou com o título Master of the Universe e foi dividido nos três volumes acima.

"This is my midlife crisis, writ large," she said. "All my fantasies in there, and that's it." --EL James

"Isso é minha crise da meia-idade. Todas as minhas fantasias lá e é isso."

página de EL James
http://www.eljamesauthor.com/

Barbie Furtado disse...

Jéssica, a comunidade é a RWA, Romance Writers of America, a associação das escritoras de romance. Tou usando no feminino porque a maioria devastadora é mulher. Tem muitas autoras fantásticas, que escrevem heroínas fortes, nada submissas, que têm controle da sua própria vida, não dependem de ninguém para nada, e fogem do que as pessoas acham que é um típico romance. Claro, nenhuma das autoras que eu vou citar, foi traduzida pro português, nem pras outras 56 línguas que a mulher que escrever 50 Shades, embora todas eles sejam best sellers to NYT. Sempre leio em inglês. Gosto muito de Sabrina Jeffries, que talvez escreva as heroínas mais ousadas para a época que os romances dela se passam. Ela que me fez perder o preconceito. Roxanne St. Claire, Tessa Dare, Louisa Edwards, Karen Rose. Allison Brennan tem um livro em português chamado "Se eu morrer antes de você". É, na verdade, um suspense romântico, com serial killers e a personagem principal é aspirante a agente do FBI. Bem legal :)

Anônimo, meu blog, deixei de ir lá porque acabei ficando com um no wordpress... :) ixi, nem quero fazer propaganda de mim aqui, mas já que perguntaram, se tu for em http://booksandhugs.wordpress.com eu escrevi mais posts :) E brigadinha, que vergonha!

Lord Anderson disse...

Laura

Obrigado :)

e anonimo das 18:41

primeiro, custo colocar um nick que seja?

segundo, ninguem esta esperneando ou colocando a autora para baixo.

Mas uma vez que um livro/filme/musica foi lançado, ele torna-se passivel de ser criticado, e as criticas podem ser até negativas.

Simples assim.

Lord Anderson disse...

Barbie Furtado

Tb fiquei curioso sobre essa comunidade.

Ginger

"A menina pura que acredita que vai salvar o cara que é perfeito, porém é muito frio, bla bla blá."

esse cliche é hiper-presente em romances não é mesmo?

e tb se apresenta com aquela ideia do bad guy que vai ser "salvo" e corrigido pelo amor da protagonista.

Essa ideia de que o amor de uma mulher "salva" e redimi o sujeito é na minha opinião um dos elementos mais machistas presentes nesse tipo de historia.

Anônimo disse...

Sabe,num país em que a violência contra mulher atinge níveis alarmantes,onde estupro vira piada de comercial,um livro desses vem mesmo a calhar para nos conformarmos em gozar sendo humilhadas e torturadas...se é assim,porque o outro post reclama da campanha da PRUDENTE? Não faz o menor sentido,já que nós mulheres gostamos de ser submetidas é força,não é mesmo?

E realmente vai ser muito mais fácil convencer os homens que violência contra mulher é algo condenável depois de vermos milhares de mulheres ADORANDO ser torturadas em suas camas...afinal,quem sabe os estupros que ocorrem entre os conjugues seja uma simples brincadeira,não é?

Só posso concluir que quando a violência machista é erotizada pela propria mulher,não é encarada como machismo.Se fosse um homem escrevendo,duvido que iso iri ser elogiado.Se fossem animais sendo torturado,duvido qu alguém iria achar lindo.Nós mesmas somos responsáveis pela naturaçlização horrores que fazem conosco.

Considerando tal fato,realmente tenho que concordar com os anti-feministas: é hipocrisia pura combater a cultura do estupro se nós mesmas a alimentamos.

Ana Lucia

Anônimo disse...

Simples assim, Lord A., surgiu Paulo Coelho e agora EL James.

Anônimo disse...

Ler o livro duvido que eu o faça, mas gosto de ler sobre o livro e sobre a autora. O tema e enredo do livro realmente fogem ao meu gosto literário e isso desde minha adolescência sexo assim como me parece ser o do livro nunca me apeteceu, sei lá sempre fui despojada e acho que ler sobre o que a gente faz e como faz fica monótono. Mas isso nem me isenta de me atrever a escrever um livro nessa linha pois a facilidade em publicar um e-book é tremenda e depois até mesmo o livro físico nem é um bicho de 7 cabeças.

Elaine Cris disse...

Acho que o problema geral é que mulheres ficam muito sem ter como expressar sua sexualidade na nossa sociedade. Quer dizer, até tem como, mas são daqueles dois jeitos bem engessados, um é sendo o objeto sexual que está ali pra agradar o sujeito (então nesse caso nem está expressando muita coisa, porque quem deseja é ele, uma "gostosona" na propaganda de cerveja está ali pra ser vista, não está ali pra olhar e falar o que ou quem a agrada ou não) e o outro é totalmente ligado ao amor romântico, sem poder sair dele um milímetro, porque moça direita não sabe separar sexo de amor, é o que nos dizem o tempo todo...
Aí se aparece alguma coisinha um pouquinho diferente, a mulherada vai toda atrás.
Acho que aconteceu a mesma coisa quando a Bruna Surfistinha lançou o livro dela com relato de sua vida de garota de programa. Na época todo mundo falava mal, mas todo mundo lia, rs.
E isso é porque mulher não gosta de sexo, né, imagine se gostasse.

Anônimo disse...

Eu tenho um problema com esse tipo de história. A mocinha sempre é virgem ou teve dois parceiros no máximo, e sempre foi ruim com eles, até conhecer o cara certo.

Por mais que existam mulheres com dificuldades na vida sexual, os livros fogem muito da vida real. Não me identifico e nem quero, é machismo demais pro meu intelecto.

Elaine Cris disse...

Ah, lembrei de um livro escrito por um homem, sobre uma mulher sexualmente livre que é muito mais interessante.
"A casa dos budas ditosos" do João Ubaldo Ribeiro. A protagonista é uma velhinha contando desde quando perdeu sua virgindade com um escravo e tudo o mais que fez, sexo com homens, mulheres, grupal, realizou fantasias, enfim, coisas que ela fazia porque queria, não somente para agradar ao amado, como parece ser o caso desse livro, pelo menos lendo algumas coisas por alto.

Anônimo disse...

Li em outro post que tu foste ao gastro para um exame e torço para estar tudo em ordem se bem que ir ao gastro é pq algo te incomoda.

Barbie F., tu escreves bem. E o pessoal do comentário é refinado. Keep it in English.

Flávia disse...

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/pesquisadora-faz-feminismo-as-avessas

Lola! Tu precisa ler essa entrevista! É da Veja, então tu já imagina o tom, né? Mas, enfim..

Beijos

Gabriel Nantes de Abreu disse...

Muito lúcido o seu texto sobre o livro Lola, e acho triste com as pessoas ainda confundem tanto as coisas, preferência sexual, vida afetiva, carreira, familia, as pessoas não são computadores e não obedecem a fórmulas exatas para permitirem ser lidas simplesmente por ações isoladas. Fiquei até interessado em dar uma olhadinha no livro pra tirar minhas próprias conclusões

Anônimo disse...

Eu sou muito mais respeitada dentro de um ambiente BDSM do que em uma boate qualquer, ou mesmo na rua.

Dentro de uma festa privativa BDSM, NENHUM, eu disse NENHUM homem, mulher ou o que seja encosta em mim sem a minha permissão. NENHUMA PESSOA tenta se esfregar sem querer querendo nos meus peitos, ninguém passa a mão na minha bunda ou fala merdas ao meu ouvido, ainda que eu esteja em roupas pretas, apertadíssimas e com certas coisas de fora. Sim, eu fico com certas coisas de fora em TOTAL SEGURANÇA porque a consensualidade começa a valer desde a hora em que eu coloco meus pés com saltos altíssimos lá dentro pra delírio da homarada. E isso vale para qualquer mulher, seja ela magra, gorda, nova ou velha. Todas são igualmente respeitadas.

No momento em que EU DOU A PERMISSÃO, posso ser abordada. E aí a gente descobre se joga junto, se joga em times diferentes ou se joga jogos diferentes. Não rolou? Cada um pro seu lado e a coisa recomeça. Sem puxão de cabelo. Sem ser chamada de vadia, lésbica, sapatona. Sem ninguém quebrando meu braço. Sem ninguém me jogando bebida na cara. Sem ninguém me estuprando no banheiro.

Informem-se MUITO antes de virem com essa coisa de "cultura do estupro" sobre praticantes de algo que é consensual do início ao fim.

Sara disse...

Não da pra concordar com muita coisa que essa pesquisadora disse, mas pelo menos ela não foi hipócrita, e mais gostei da frase

" Os homens sempre exploraram as mulheres, razão pela qual o feminismo foi necessário. Nós, mulheres, deveríamos explorar qualquer vantagem que temos sobre os homens, sempre que possível.”

Alias faço uso disso faz tempooo.

Roxy Carmichael disse...

lola achei muito jóia a sua opinião, ainda que não tenha lido o livro e não pretendo porque não me interessou. mas assim, não me ofende nem um pouco. ana lúcia: consentimento não é apenas um detalhe. não é à toa que a propaganda da prudence fez questão de colocar que se tira a roupa da parceira SEM O CONSENTIMENTO dela. então assim, vamos relaxar e gozar que ao parecer hoje é dia do orgasmo! sobre crepusculo, só vi o primeiro, não li os livros e não me interesso, mas soube que lá nos states tem muita gente falando sobre uma certa tendência de submissão feminina na sexualidade a partir de 50 tons de cinza e da série girls como se esses produtos culturais representassem um retrocesso na liberação sexual das mulheres, coisa que eu discordo totalmente. a série da hbo(girls) que estreou no brasil acho que na semana passada, essa sim eu gostei muitíssimo, me pareceu muito, muito honesta, mas parece que tem recebido muitas criticas por parte das feministas negras já que a série não apresenta personagens ou conflitos coerentes com a realidade das mulheres negras, isso numa cidade tão multicultural como NY. eu achei essas críticas super relevantes e fico feliz que tem gente que se atenta pro fato de que não existem só pessoas brancas no mundo e da classe média pra cima. mas, acho que não tira o mérito da série que é excelente!

Yuri disse...

Não li o livro, mas posso acabar lendo em algum momento.
Eu gosto de algo menos fofinho. A Susie Bright tem uma coletânea deliciosa de contos eróticos, chamada X. Em português tem A História de O, que é genial também.
Ah, só uma resposta para alguns comentaristas retardados aqui:
Caras pessoas que querem interferir no prazer consensual dos outros,
Vão se foder. Com força. Com areia e sem cuspe.
Beijos.

Ginger disse...

Lord

Então, essa necessidade de se sacrificar é que não me convence.

Lord Anderson disse...

Ginger

A mim tb não.

Lord Anderson disse...

Yula e outras leitoras

Há não muito tempo foi lançado em portugues um livro da Anne Rice, chamado O Despertar da Bela Adormecida, em que ela mistura a lenda com erotismo e SM.

Ainda não vi, alguem ja leu?

Monique disse...

Que horror como a Veja descarta a Suecia por ex.

Tava esperando mesmo tua opiniao,Lola.

Anônimo disse...

eu gostaria de um marido ou amante que controlasse saudavelmente minha dieta. e a dele tb. e que fôssemos juntos pra academia. e que nós dois ficássemos magros pra na cama fazermos estripulias. me amarrar? nem morta! me amordaçar? espere e verá o tiro saindo pela culatra.

Anônimo disse...

é preocupante um livro tão bobo desses ser considerado "o pornô das mulheres".desde quando somos tontas assim?mais um rótulo idiota que querem colar em nós.

Cristina disse...

Na verdade eu fico meio triste de existirem mulheres que estão usando esse livro pra melhorarem sua vida sexual.

Porque as cenas de sexo são tão fora da realidade (a protagonista, até então virgem e que nunca se masturbou, tem seu primeiro orgasmo enquanto ele mexe nos mamilos dela. Nunca vi orgasmo mamário) que não é possível que alguém que já tenha tido um orgasmo de verdade na vida se excite com aquilo.

Eu fico triste vendo que tem várias mulheres que estão usando o livro de verdade pra se excitarem pensando em que tipo de vida sexual elas têm, coitadas.

Eu, que gosto bastante de um conto pornô com temática BDSM, só ficava irritadíssima que toda vez que as cenas se tornavam mais interessantes, a Ana começava a chorar.

Anônimo disse...

nossa, eu nem sou praticante de BDSM, mas notei uns comentários bem inflamados contra a prática... calma gente, não acredito que quem pratique vá sair por aí amordaçando e chicoteando ninguém gratuitamente e sem consentimento da outra parte, então live and let live, deixa quem gosta curtir e ser feliz.

e ainda digo mais, qual o problema de uma mulher querer agradar o amado? sabe, as pessoas podem sentir real prazer em fazer as coisas pra agradar o/a parceiro/a. também não vejo qualquer problema nisso se a pessoa não se anula por completo e se agradar o outro faz parte do conjunto de atitudes que a fazem feliz. se a pessoa se questiona e sabe porque faz o que faz, novamente, live and let live, se não daqui a pouco vamos estar querendo impor modos de vida e não acho isso saudável.

Anônimo disse...

é tão tão raro Lola apresentar um post sobre livro que qdo acontece pra mim vale TUDO de BOM e já vou retomar a leitura de dois livros que larguei lá, assim sem mais e nem menos, da mesma autora por sinal - Elinor Lipman.

Pitanga disse...

Mas somente a mulher é sub numa relação SM? No livro é assim?

Samara disse...

Aguardo ansiosa um guest post sobre como conciliar submissão e feminismo. Eu como submissa, pagã e feminista, passei bons anos achando que eu tinha algum sério problema e estava "traindo" alguma das minhas essências...rs

Anônimo disse...

Sadism and masochism in fiction
http://en.wikipedia.org/wiki/Sadism_and_masochism_in_fiction

quem lê em inglês vai saber que a palavra masoquismo é originária do sobrenome de Leopold von Sacher-Masoch que gostava de ser dominado sexualmente pela mulher.

Samara disse...

Lord Anderson, sobre a trilogia do Despertar da Bela Adormecida: pra quem curte humilhações pesadas e consensual non consent, dá mil e uma ideias...rs

Eu gostei muito, dá pra refletir bastante sobre as motivações submissas.

Anônimo disse...

Sempre fui sub, mas nunca gostei dessa coisa de SSC, safewords, contratos e acordos. Acredito que quando nos entregamos a alguém, o mínimo que devemos fazer é confiar nesse alguém sem precisar impôr regras de segurança.

Lord Anderson disse...

Julia.

Não. A ideia de uma relação SM é de um dos parceiros é sexualmente dominante.

No meio há tantos Dons(homens que assumem o papel de dominadores) quanto Dommes (mulheres que ficam com esse papel.

E há quem transite entre os dois papeis dependendo da relação.

Tb há relacionamentos homoafetivos, bisexuias,monogamicos, poli-amorosos, etc.

Há livros que exploram o lado da Domme.

No 50 Tons, o "mocinho" Grey conta que antes de ser Dom ele fiu sub de uma mulher com quem ainda mantinha amizade.

Lord Anderson disse...

Raphael.

A confiança é a base fundamental do BDSM.

Contratos, safes, acordos, são elementos que ajudam essa confiança a tomar forma, são otimas pro cada casal ir estabelecendo oq lhe agrada e interessa.

Agora SSC...

Pra quem não sabe isso significa São,Seguro e Consensual é são as diretrizes fundamentais por assim dizer do SM.

São significa que todos os partipantes estão de pleno uso das suas faculdades mentais, que podem tomar decisões de maneira responsavel.

Isso exclui qualquer um, que esteja alterado por bebida, drogas (mesmo medicamentos, inconsciente ou incapaz de decidir por si mesma.

Seguro representa que as pessoas envolvidas SABEM oq estão fazendo. Que estão tomando todos os cuidados pra não causar ferimentos serios, que cuidam da higiene dos acessorios, que sabem dos limites do parceiro,que usam preservativos, etc

Consensual, bem nem preciso explicar muito. BDSM é sobre prazer, sobre adultos que DECIDIRAM e ESCOLHEREM jogar um jogo erotico de troca e entrega de poder.

E como tudo que diz respeito a sexo, só pode ser feito com o concesso de todos que forem participar.

Uma relação sem o SSC é perigosamente perto do abuso.

Mirella disse...

Lord Anderson,


Já pensou se todos os relacionamentos ocorressem sob os conceitos de SSC? Se todo mundo respeitasse a saúde, a segurança e a vontade do outro?
Talvez algumas pessoas aí de cima devessem parar de julgar um pouco o que não conhecem, pois poderiam aprender.

Camila Fernandes disse...

Sobre o livro da Bela Adormecida, eu estou lendo. Na verdade eu comecei meio que por acaso, embora o tema em geral me interessa. Estava no aeroporto e como tinha que esperar o embarque, decidi comprar um livro para me distrair. Esse me chamou a atenção porque eu sou, assim, fissurada pela Anne Rice. Mesmo. Ainda não terminei, mas me surpreendeu pelo tom explícito, diferente dos outros livros da Anne. Bem mais explícito que livro do Armand, ou Fazenda Blackwood, ou a série dos Mayfair. Mesmo assim, estou curtindo. Não terminei, mas, por enquanto, achei mais light que Um Romance Sentimental (alguém leu?) e obviamente muito menos "assustador" que 120 Dias de Sodoma.

Anderson, a gente devia discutir o livro quando eu acabar de ler.

Anônimo disse...

sabe o que me incomoda nessas ondas que acontecem porque a mídia diz que mulheres estão correndo aos sex shops ou ficando mais atiradinhas? é que a mídia diz isso. e só. tem muita mulher fazendo muita coisa interessante por aí. talvez só a mídia não estivesse focada nisso. sei lá. me parece coisa de início da década de 60, algo assim. "donas de casa largam seus liquidificadores e compram vibradores".

e tenho dois pés atrás com isso de "apimentar a relação". me cheira a café requentado.

mas, de qualquer forma, se o livro ajudou alguém em algo, é ok. há muito tempo me perguntaram o que eu achava de paulo coelho e stephen king. não gosto, percebo o caminho das narrativas, acho vários bem mal escritos (sim, eu tentei). mas é aquela coisa: se alguém um dia pega um stephen king e, por alguma citação dele, passa a ler allan poe, quem sou eu pra dizer que ninguém deveria pegar um stephen king pra ler?

mas "apimentar a relação". me dá uma preguiça... se a pessoa sente tesão, ela mesma vai buscando o que agrada aos dois. já ouvi dizer que, em casamentos longos, acontece uma fase meio assexuada e depois tudo volta ao normal. NATURALMENTE. acho bem artificial que mulheres corram atrás de algo que alguém disse que é bom. mas fico bem em cima do muro até pq vai que alguém desperta algo já existente dentro de si...

Marcos disse...

Minha opinião é que um(a) sub, para ser anti-machista, deve ter um psicológico bem forte. Pois precisa separar bem a vida cotidiana da vida sexual. E nesse caso, cabe ao parceiro dom(me) ter perfeita noção disso, o que força o parceiro a ter um discernimento bom também. Eles têm que um entrar na cabeça do outro e ver até onde eles podem chegar.

Se uma sub experimenta suas fantasias com alguém não acostumado com isso, provavelmente o relacionamento não irá pra frente, da mesma forma que um dominador, nesta posição, pode causar mal a quem não tem esse fetiche.

Como dito acima, "SSC" são as palavras certas.

Lord Anderson disse...

Camila

estou procurando o livro pra ler.

Pode contar comigo pra falar dele sim rs.

Marcos disse...

Tudo isso me leva a um questionamento muito polêmico. A mente do estuprador funciona assim: ele sente prazer em ver o sofrimento alheio, em ver a pessoa tentando escapar e não conseguindo, etc. Isso faz parte, até certo ponto, do ambiente BDSM. A principal diferença é que com ele não há consentimento, causando sofrimento e sequelas na vítima, e por isso o estupro é crime. Já no BDSM, o teatro se torna excitante.

Será que um jeito de evitar que potenciais estupradores cometam crimes é eles procurarem ajuda psicológica, para ver se eles apenas não têm uma fantasia BDSM mal resolvida? Digo, se eles desconhecem esse mundo SM (até porque é um tabu, mesmo aqui no blog), é de se esperar que vão conseguir gozar apenas cometendo crimes.

Claro que cada pessoa é única, e não duvido que existam estupradores que saibam que exista BDSM, não vêm graça nisso, pois o que eles querem mesmo é sofrimento real (devem ser por isso expurgados da sociedade)... mas será que alguns casos específicos não podem ter solução?

Aos que pensam em me ofender, eu não estou trolando, e nem sou mascu (pelo contrário), peço que leiam 2x.

Anônimo disse...

Lord Anderson

"A confiança é a base fundamental do BDSM.

Contratos, safes, acordos, são elementos que ajudam essa confiança a tomar forma, são otimas pro cada casal ir estabelecendo oq lhe agrada e interessa."



Um problema - na minha opinião - é que quando enche demais de acordos, conversas, combinações... Tudo fica artificial demais =/

Luciana Jorge disse...

Eu comecei a ler 50 tons de cinza ontem (tem para baixar no scribd) e não gostei. Tó na página 174 (São 450 páginas) e já tó enjoada dessa chata da Ana e desse stalker do Christian. Cansei de ler ele falando para ela parar de morder de lábio e ela endeusando ele. Muito brega esses dois.

aiaiai disse...

Marcos,

Não sou grande entendedora do assunto mas pelo que tenho lido estupro não é sexo, é necessidade de dominar. Estuprador não é só um maluco escondido num beco...é, na maioria das vezes, o marido, o namorado, o ex, o pai, o tio, o vizinho, um colega...enfim, qualquer homem q naquele determinado momento achou que tinha esse direito.
O estuprador não é o cara que sente prazer ao fazer sexo c alguém sem o consentimento. Ele é o cara que se sente no direito de subjugar a mulher pq a vê como um objeto. E a nossa cultura estimula os homens a verem as mulheres como objetos. Então, a melhor forma de acabar com a cultura do estupro é acabar com essa cultura de ver a mulher como objeto, ou seja, acabar com o machismo.
BDSM não tem nada a ver com isso, pelo que sei (outros aqui podem falar melhor do assunto do que eu). BDSM é brincadeira, fantasia, teatro, invenção. Ninguém quer machucar ou ser machucado realmente.

Anônimo disse...

agora gente dizendo que stephen king não é bom escritor!!! tupuniquim com ares franceses...kkkkkkkkkkkk

Marcos disse...

aiaiai, nesse caso que você citou, o estupro não é SÓ pelo machismo, há a componente da psicose (onde a pessoa não sente empatia e não se importa com a dor e sofrimento da outra pessoa, a vendo como objeto). Há casos em que o estuprador é impotente, etc. Com isso, quero dizer que pode existir vários fatores para existirem estupradores além do machismo. Como o que eu citei, talvez existam alguns com uma fantasia mal-resolvida.

Anônimo disse...

Há pessoas que confudem escrever mal com não apreciar um determinado gênero literário. Em seu tempo Émile Zola foi apontado como quem não sabia escrever. Eu li um único livro de Stephen King - Green Mille - espetacularmente bem escrito. Ele sabe enredar um assunto com maestria; qdo a gente dá o assunto por terminado, ele pega um fiozinho da meada e deslancha a prender nossa atenção a não mais poder. Foi o único livro dele que li pq realmente desgastou meu emocional justamente por ele escrever tão bem, mas o assunto dos livros dele não são o que eu quero ler.

Paulo Coelho eu não aprecio e me esforcei muito para lê-lo até mesmo buscando traduções, mas ainda assim foi graças a ele que o Brasil teve por uns poucos anos destaque na literatura lá fora. E não creio que Paulo Coelho se importe com quem no Brasil o criticou tanto, pois ele é muito mais rico do que várias dessas pessos juntas e se o dinheiro é de importância mais ainda sendo um Paulo Coelho do Brasil... dinheiro que ele ganhou com os livros que publicou, vale salientar.

(Ficou muito melhor a página com moderação.)

Anônimo disse...

por que a mídia insiste em corrigir o nome do blog? já li várias vezes sendo citado com vírgulas...

"Escreva Lola Escreva" é escrito assim, sem vírgulas, e garanto que Lola conhece perfeitamente bem as regras gramaticais do nosso bom português. O nome do blog DO NOT leva vírgula, OK? Essa mania que o pessoal tem de meter vírgula pracá e pralá no seu próprio texto está bem, mas respeitem o nome do blog que faz mais sentido blogue particularmente para quem se enconta com vírgulas....

Anônimo disse...

Longe se vai o tempo em que ler livros era para as elites somente. Assim, temos de entender e aceitar que hoje existe uma gama muito mais abrangente de literatura e devemos ficar felizes por pessoas que nunca leram uma única linha de um artigo de jornal estejam comprando e lendo ficçao. Há mercado para todos os gostos literários.

Vou ler o livro assunto do post e isso por todo o obaoba que o post causou e me levou a ler outras fontes. No final de maio eu vi a indicaçao da leitura para o verao nos EUA e 50 Tons estava lá mas sem nenhuma outra mençao e teria me passado em brancas nuvens. Agora vou ler e antecipando que o livro está mal escrito, mais me anima pois quem sabe eu quebro essas correntes que me amarram e me ponho a escrever um livro tb... bem ou mal escrito, mas escrito. Obrigada Lola Obrigada sem vírgula, hein?

Anônimo disse...

Marcos, só existe uma solução para o estuprador: CADEIA pro resto da vida.

Anônimo disse...

Há não muito tempo foi lançado em portugues um livro da Anne Rice, chamado O Despertar da Bela Adormecida, em que ela mistura a lenda com erotismo e SM.
_________________

Oi, eu também não li...
vou dar uma procurada. :)

Anônimo disse...

podem pixar a Lola quem quiser pixar mas ela está sempre em alta na midia... requisitada para comentar sobre um livro que nem havia sido lançado no Brasil e sendo o livro lançado no dia seguinte ao post da Lola certamente vai dar uma alta na vendagem mesmo se ela achou o livro mal escrito e depois o nome da Lola em outra matéria de grande circulaçao... desculpa lá Lola a comparaçao, mas leve na boa OK? parece qdo a mídia malhava Paulo Coelho e a venda dos livros dele se projetava mais e mais tanto no Brasil qto no exterior... com vc é a mesma coisa, esse pessoal que te malha tá tudo no anonimato e vc mais e mais tendo seu valor intelectual reconhecido. e eu aplaudo.

Anônimo disse...

Mascu que acha que cisne negro é documentário tá no mesmo nível de vc que acha que Mad Men COMPROVA opressão feminina, a diferença é que os mascus são escrotos, misóginos e criminosos e você não. Mas o raciocínio é o mesmo.

lola aronovich disse...

Não, anônimo. Primeiro que vai uma grande diferença entre achar que uma série ou filme ou novela ilustra e exemplifica a opressão feminina uma certa época, e dizer que um filme, que é ficção, é um documentário de alguma coisa. Depois que, mesmo que existam excelentes exemplos no cinema, na TV e na literatura para mostrar como viviam as mulheres (e os negros, e os gays) em épocas em que o domínio masculino reinava sem contestação, a obra que realmente prova que as mulheres estavam insatisfeitas com a vida que levavam é A Mística Feminina, em que Betty Friedan entrevistou milhares de americanas, e documentou suas insatisfações. Aliás, por que estou respondendo um comentário que acha que falar de Cisne Negro pra tratar do lado obscuro feminino é a mesma coisa que falar que Mad Men mostra mulheres infelizes?

Erres Errantes disse...

Posso estatr enganada, afinal não li o livro, mas à primeira vista, parece que o "50 tons..." tem um enredo ultra batido. Qualquer romance de banca tem os mesmos ingredientes: mocinha frágil, homem lindo e rico, sexo picante etc etc.

daniel braga disse...

li um pedaço, achei uma merda. se é pra ficar na subliteratura erótica voltada pro público feminino prefiro 'sabrina'.

agora, 'cença que vou lá ler anaïs nin.

Erres Errantes disse...

Lola, tive uma conversa online com meu companheiro a respeito de "50 tons..." e, inspirada nas suas converas com o maridão que vc publica no blog, tbm vou expor aqui o meu diálogo:


EU: tá rolando uma versão adulta de crepúsculo, chamada 50 tons de cinza, que tá a maior febre.

ELE:É mesmo?Mas é uma paródia ou uma ciação original?Vou procurar, me interesso na produção vamp..

EU: é uma criação original que foi concebida como fanfic mas virou uma obra à parte.

ELE:que legal!

EU:é uma história adulta de uma mulher burra e virgem que se envolve com um milionário cruel e lindo e eles fazem sadomasô e tão classificando como pornô para mulheres.

ELE:deram uma ane-riceada no twilightrsrsrsrsrs,

EU: só que o cara não é vampiro não.

ELE: pornô é reducionismo. tem erotismo.e tem vampiros?.

EU: eu comentei no blog de lola que qualquer romance de banca tem esse mesmo enredo e ingredientes.

ELE: verdade vou procurar informações sobre essa obra depois.é tipo um Bianca é?A mulher se fodendo por um fodão?.

EU:isso mesmo a mulher é mulherzinha, virgem aos 30 anos (oi?) e o cara é gostoso e milionário
ah que nada chapeuzinho vermelho é melhor
daqui a pouco eles fazem um filme bem ruim, tipo mata-me de prazer, aquele lixo

ELE: quando vc disse adulto, eu pensei que tinham dado uma melhorada em crepúsculo..

EU: não, é uma versão de crepúsculo pra agradar as donas de casa, sacou? aí não quiseram botar vampiro pq as tias crentes e mães de família de respeito iam torcer o nariz, então botaram o cara como um roberto justus mesmo, o partidão de toda a mulherada.

ELE: ·FUckon buulshit!.

EU: HAHAHAH me deixe viu. Eu acho isso uó que nesses livros o cara é gostoso, milionário e um bom de um fdp, pode ver raul, qualquer romance de banca é assim, a mulher é uma idiota, parece que toda mulher gosta de homem ruim,

ELE: é ultrajante.

EU: abre até precedente pra mascu dizer que mulher só gosta de cafa.

ELE: Como aquele filme do psicopata que gosta de inforcar mulheres na lareira

EU: Na lareira?epa não conheço esse filme não... ah é aquele, o mata-me de prazer, é, inclusive esse filme foi inspirado num livro.

ELE: não liguei o nome ao filme..

EU: esse 50 tons vai pelo mesmo caminho.

ELE: olha aí nossas teses fazendo sentido..

EU: daqui a pouco vira filme.

ELE: vira mesmo

EU: prefiro 16 TONS KKKKKKKK

ELE: é

EU: não basta ter um emprego estável não, o cara tem é que ser milionário, pode?.

ELE: Agora, o filme de King, a Torre Negra, que tem uma mulher negra guerrilheira ninguem que fazer. E essa mulher negra ama um outsider loser
O CARA tem que ser dono do mundo. Tem que ser um Faraó do Neoliberali$$mo
Um Tutancâmon da prop.privada

EU: KKKKKKKKKKK

Samantha disse...

Ei, Anônimo, eu não te critiquei e muito menos sugeri que você fosse ler nada. Eu disse apenas que o Sheldon, da linha de escritores best sellers, tem tramas muito mais densas e personagens feministas.

Não sou expert em literatura e nem super poderosa para criticar o gosto alheio e mandar alguém ler alguma coisa.

Anônimo disse...

Erres Errantes disse... 1 de agosto de 2012 16:20

EU:é uma história adulta de uma mulher burra e virgem que se envolve com um milionário cruel e lindo e eles fazem sadomasô e tão classificando como pornô para mulheres.

Anastasia/Ana é virgem, porém não é burra, Err'Antes. Ana é ingênua.

E, sim, EL James já foi contatada para que o livro vire filme e ela espera que a trilogia toda vire filme. Aguarde grandes nomes fazendo os devidos papeis. Tudo o que vc puder saber sobre o livro e o que a ele se referir está muito bem apresentado na Wikipedia em inglês.

Anônimo disse...

Vou falar pra vcs de um livro que deixa muito a desejar por fata de uma boa editoraçao (?) e ainda assim fez sucesso na época e ainda hoje é gostoso da gente ler, "Éramos Seis", de Maria José Dupré. Antes que me joguem pedras, dos 20 livros de Émile Zola que compoem a série Rougon-Macquart eu li 17 ou 18 fora outros livros dele. Li livros de Tolstoi raramento conhecido pelo público leitor brasileiro, li vários livros de Vitor Hugo que nem sei se foram traduzidos para o português. Digo isso pra nao pensarem que sou leitor banal. É preciso saber distinguir os estilos literários e ao fazer um comentário ou julgamento nao misturar os estilos, minha gente. O livro "As Meninas", de Lygia F. Telles, esse livro eu o li a pulso!!! a leitura se arrastava era um nunca terminar e entendo que tem grande importância na literatura brasileira contemporânea. Respeito. Clarice Lispector é outra que tentei ler e nao consigo... talvez eu volte a insistir. Gosto da literatura japonesa e dos uns 10 livros que li gostei de todos.

Se quiserem, leiam "Eu e o Governador" e "Eu Mataria o Presidente", ambos de uma escritora brasileira já falecida. Adelaide Carraro. Outra é Cassandra Rios pra quem etiver a fim de sexo apimentado. E leiam sim "Os Sete Minutos", de Irving Wallace.

Anônimo disse...

Lí 50 shades quando ainda era M.O.T.U. com Bella e Edward como personagens principais e acho uma graça as pessoas se irritarem com as "comparações" com Crepúsculo!

Você disse Lola: "E, pelo menos no primeiro livro (tenho muito pouca vontade de ler os dois outros), é Christian que está “dominado”."

No segundo, Christian pensa que Ana vai deixá-lo e se entrega para ela em posição de sub.

Anônimo disse...

O pessoal não entende que livro como esse não é novidade. Se pesquisassem realmente já teriam descoberto isso e quem lê em inglês e não busca essa informação na Wikipedia perde a oportunidade de se atualizar. Vai na Wikipedia, pega o fio da meada e depois prossiga pesquisando mais em outras fontes (pra quem é cheio de ares contra a Wikipedia).

O livro de que trata o post faz sucesso pq foi escrito por uma mulher de poder na mídia britânica e não por ser uma mulher quem o escreveu.

Anônimo disse...

uma mulher de poder na mídia britânica versus uma mulher simplesmente faz toda a diferença no sucesso internacional do livro.

é como ser ana maria braga no brasil; como ser marília gabriela; como ser sei lá quem cuja imagem é projetada na tv brasileira com toda força e o que essas mulheres quiserem vender, vai vender muito no brasil... nada a ver com ser mulher e sim em ser a mulher apoiada pela mídia... ronnie von tb vende, pois foi assim que O Pequeno Príncipe teve vendagem no Brasil, via ronnie von que disse ser seu livro de cabeceira e pelas futilidades que ele diz na tv o livro surtiu efeito nenhum na cabeça dele... tabom, ele continua tendo olhos lindos... mas qdo abre a boca... meu beeeeeeeeeemmmmmm.

Unknown disse...

as críticas que eu tenho lido sobre o livro fazem referência à representações errôneas sobre o universo bdsm e como isso pode influenciar pessoas não ligadas a cena a experimentarem sem levar em consideração coisas importantíssimas como o rack (ris aware CONSENSUAL king) e o SSC (safe, sane and CONSENSUAL), uma vez que isso não é explorado no livro.

o artigo referencia algo que a comunidade bdsm está chamando de 'the philadelphia incident', e relaciona o livro a um caso de agressão sexual. eu procurei mais referências sobre o que estava sendo dito no post e não encontrei nada além de reproduções desse mesmo post, mas acho que de qualquer forma, serve de aviso: http://hidingfromsomeone.tumblr.com/post/22270527450/fifty-shades-the-philadelphia-incident-im-not

li uma crítica semelhante a respeito da forma como o bdsm é retratado na cultura pop e as consequências disso nesse artigo aqui, falando sobre o clipe da banda 30 seconds to mars. eles reiteram que se deve mostrar que aquilo é muito diferente de uma simples violência à mulher, e que se deveria mostrar que a mulher está tendo prazer com a prática também. link: http://bitchmagazine.org/post/thinking-kink-jared-leto-30-seconds-to-mars-bdsm-kink-feminist-magazine-music-video-sex


sobre a relação entre feminismo e bdsm, eu li esses dois posts recentemente que acho que cobrem bem o assunto, e mostra dois pontos de vista diferentes: http://bitchmagazine.org/post/thinking-kink-female-submissives-BDSM-feminist-magazine-sex-consent

http://bitchmagazine.org/post/thinking-kink-female-submissive-pop-culture-sub-dom-feminist-magazine-sexuality

o mesmo site tem um artigo muito interessante também da relação do bdsm entre mulheres e o male gaze:

http://bitchmagazine.org/post/thinking-kink-lesbian-bdsm-male-gaze-feminist-magazine-sex-sexuality

acho saudável que o livro estimule mulheres a experimentarem com sua sexualidade, mas este livro parece ser bem problemático ao não conseguir delinear as diferenças entre agressão sexual e a prática do bdsm. de qualquer modo, não li, não pretendo ler, mas eu tenho visto muitos comentários negativos em relação ao livro sobre esse aspecto: a falta de clareza sobre consentimento e o modo como o controle está, sim, no submisso no bdsm, e não o contrário.

Dayane disse...

Eu pedi ao Lord, cm é especialista no assunto,que me desse uma opinião. Fiquei curiosa com o livro,mas os comentários dele e trechos que vi me desanimaram.
Quando a questão dom-sub e feminismo, eu acho que não tem muito a ver, já que se trata de uma fantasia.
Acho legal um livro que fale abertamente sobre sexo escrito por uma mulher e voltado para mulheres fazer tanto sucesso, mostra que as mulheres estão lidanmdo melhor com suas fantasias e consumindo esse tipo de produto já sem tanto medo de julgamento. Eu gosto de arte erótica, mas não me agrada pornografia nem um pouco e CREIO EU que muitas mulheres tbm pensem assim.

Dayane disse...

Adoro o blog, mas evitarei debater XD!

Dayane disse...

Ahhhh!Que legal, Lola!!!!!Moderação ativada =DDDD!!!!!!Agora virei sempre de nv XD!!!!!!!

Unknown disse...

RACK - risK* aware consensual kinK*

Anônimo disse...

Dayane, eu tenho lido que o livro é erótico. Esse papo pornô não sei de onde vem.

E, Lola, a trilogia está à venda tb em espanhol pela Amazon.

Unknown disse...

Ah, Dayane, eu gosto de pornografia. Eu não gosto dessas coisas feitas por homens, pra homens, o que é a reclamação de boa parte das minhas amigas também. A maior parte delas, aliás, quase todas, gosta de pornografia também. Principalmente de queer porn.

Anônimo disse...

"Una mujer tiene derecho a fingir que la viola un pirata si eso es lo que quiere", declaró la escritora Anne Rice a Maureen Dowd, del New York Times.
http://www.revistaenie.clarin.com/ideas/El-erotismo-ha-pasado-a-ser-omnipresente_0_747525496.html

Anônimo disse...

nossa. eu não acho stephen king isso tudo, não. e olha que li stand inteiro e mais outros. li por conta de aulas de redação criativa, que, se não me engano, era uma matéria que ele(ou a mulher?) ministrava em algum canto. thinner e carrie fizeram parte da minha adolescência. adorei misery. mas, péra. pensem em livros com mil personagens sem resolução em que ele resolve queimar a cidade toda, inventar uma fumaça/gosma/criatura misteriosa pra explicar algum fenômeno... penso em vários dele. needful things e stand, por exemplo.

é boa diversão? pode ser, sim. super pode. mas é que nem aqueles enlatados da sony em que vc sabe que, dependendo de qtos minutos ainda restam pro final, vc sabe qdo a parada toda vai ser resolvida ou qdo o monstro misterioso vai voltar "de surpresa".

e paulo coelho me parece ter um(ou uma?) excelente tradutor pro francês, por exemplo. no alemão, é bem escritinho. mas me lembro de ainda adolescente ter tentado brida e larguei. depois fui vendo outros e o cara escrevia mal pra caramba. sei lá se melhorou.

eu poderia citar mil escritores mais populares brasileiros que eu acho bem melhores. pra ficar na faixa etária em que comecei a ler os dois citados, digo fernando sabino, rubem fonseca (aliás, na época do projeto em que tive que pedir pra profa mudar meu livro - brida - a alternativa foi bufo & spallanzani), clarice lispector...

sobre criticar o autor por não gostar do gênero... sou ávida leitora de allan poe, nessa coisa mais terror/gótico/sei lá o quê; li tbem muito ray bradbury, hp lovecraft e por aí vai.

eu disse o que eu acho. e achei lendo MUITO do que falei mal. é a MINHA opinião. agora, começar uma discussão com "há pessoas que..." sem julgar o que foi dito e querer julgar um desconhecido anônimo na internet é complicado.

e justificar que o brasil ficou conhecido lá fora e que a pessoa ganha muita grana, blah blah, bem, esse cara aí do "ai se eu te pego" e afins tbem têm bem mais grana que eu e são conhecidos lá fora.

Anônimo disse...

Pois o rumo pelo qual nos embrenhamos muitas vezes nos leva aonde menos esperamos. Estava eu buscando o preço do livro traduzido para o espanhol e de clique em clique descobri dois grandes escritores argentinos: Héctor Tizón (falecido durante a semana) e Dalmiro Sáenz e fico espantada como é possível que escritores desse calibre sejam desconhecidos no Brasil. É de doer esse preconceito do brasileiro contra o idioma espanhol e de pensar que o português se originou do espanhol mal falado, assim por dizer do espanhol da classe sem estudo. Já não creio que vou comprar 50 Sombras ou 50 Shades pq estou interassada em obras dos dois escritores argentinos... eu morro e não leio aliás nem em sonho consigo ler tudo o que gostaria.

Isso que comento a partir de agora aconteceu lá pelos anos qdo a São Paulo City foi lhe dado o nome de Pauliceia Desvairada... acho que na famosa Semana de Arte Moderna, acho que foi isso mesmo... é tarde, tenho sono, li muito, estou com a mente meio anuviada, mas vamulá... o então Secretário da Educação ou Secretário Cultural de São Paulo que se não me engano autor de Macunaíma autorizou a compra de 2.000 livros para a biblioteca municipal de sao paulo city e proibiu, sim proibiu a compra de um único livro em espanhol, pasmem! claro que livros em francês tiveram carta branca, o que nada tenho contra. Se alguém souber do assunto melhor do que estou expondo, fique à vontade. Isso eu descobri há mais de 15 anos qdo fazia uma pesquisa sobre os americanos que foram para o brasil qdo da guerra civil americana 1861-65 e lá fundaram a vila americana hoje cidade de americana.... bem, foi um tempo sem wikipeida, sem google, então acho que faz mais de 15 anos, talvez. e nas pesquisas me ocorreu descobrir de onde vem esse desprezo que o brasileiro tem pelo idioma espanhol e começou com que os portugueses nao queriam que os brasileiros se inteirassem ou entrosassem com os países vizinhos pq os vindo de espanhois sempre foram politizados e de brigar por seus direitos e portugal queria um povo melífluo, fácil de ser manejado e fomentou na cabeça do brasileiro de entao o desprezo pelo idioma espanhol e badalou o francês... é isso aí. pracamajá.

Dayane disse...

Ariane, os poucos pedaços que vi sobre pornografia não me agradaram, pois eram, cm vc disse, algo muito voltado a homens. Mas ouvi dizer que há uma pornografia mais voltada ao público feminino agora,deve ser interessante, embora eu ache um filme/livro que se foque apenas em sexo cansativo. Arte erótica eu acho interessante pq envolve contexto, etc.

Dayane disse...

Eu acho que estupro é sexo sem consentimento, não precisa necessariamente ser violento. Já no BDSM é tudo com consentimento, faz parte d euma fantasia, mesmo o estilo mais violento, nada é forçado,então não é estupro.

Anônimo disse...

"É de doer esse preconceito do brasileiro contra o idioma espanhol".

isso é complicado. é reflexo de outras coisas além do simples não querer ler. isso meio que sempre vem de cima. veja o exemplo que vc mesma citou. fora isso, vem a coisa capitalista, vem a imposição de uma cultura americanizada (e COMO o somos).por isso que até concordo contigo, mas a gente tem que saber que não é o povo. se ao povo é oferecida coisa de qualidade, ele acaba aceitando e gostando. o problema é que existem mil caça-níqueis atrás de vendas, de consumo rápido, etc. acontece com jogos, filmes, etc.

só um pensamento. mas, no resto, concordo contigo.

Anônimo disse...

"há pessoas que..."
sim, há pessoas que confundem os gêneros literários;
há pessoas que mal conhecem os diferentes estilos literários;
há pessoas que apreciam literatura unicamente sob o ponto de vista acadêmico;
há pessoas que desconhecem que em seu livro 100 Anos de Solidao, GGMárquez praticamente tirou uma pssagem de um livro de Émile Zola, A Falta do Padre Mouret...
e há pessoas que se incomodam consigo mesmas pq fazem parte de "há pessoas que...."

Anônimo disse...

muito antes do capitalismo americano eatar em alta, digo antes da 2a. guerra mundial, o preconceito do brasileiro contra o idioma espanhol existia e era ferrenho. textos de alta qualidade no idioma espanhol sempre existiram. o brasileio tem um preconceito ferrenho com os hispanos e contra os negros tb.

Emi disse...

Eu li o livro, e me impressionei. Não só com a péssima escrita, mas com o conteúdo. O próprio personagem homem diz que prefere que ela seja virgem e nunca tenha tido experiência, por se tornar mais fácil dominá-la e fazer dela o que quiser. Repetidas vezes afirma que a opinião dela não é válida, que ela deve rever no fundo da alma se não concorda com ele. Bate nela, fora do contexto do BDSM, força sexo, abusa psicológicamente... O livro é doentio. O problema não está no romance ruim, mas no fato de que se toma uma roupagem permitiva, no caso, o 'bdsm', para justificar coisas que NÃO são consensuais, não são discutidas, e justificar a nulificação da vontade. Não como sub, mas em um contexto diferente.

Anônimo disse...

eu nunca encontrei uma pessoa brasileira, além de mim, que aprecie genuinamente o idioma espanhol e conheci brasileiros que passaram por universidades americanas fazendo mestrado, doutorado, pós doutorado.

Anônimo disse...

Lola, qdo vc receber link e se sentir insegura por receio de vírus, basta vc buscar uma palavra do link e ir no Google e de lá mesmo vc chegará ao link que te deixará tranquila. Te mandei links de Nancy Grace e de Jane Velez-Mitchell e vc tb poderá ler sobre elas na Wikipedia.

Anônimo disse...

eu particularmente não gosto de espanhol. mas e daí? fui aprender outras línguas, até servo-croata. e aí vão dizer que é preconceito? no meu caso, não é [e pra quem juntou o preconceito contra negros... olha, ficou puxado]. é só uma escolha dentre mil coisas pra estudar, sendo que, por questões familiares, aprendi alemão desde cedo. se todo mundo falava alemão, seria bem mais natural que eu saísse falando alemão entre familiares do que espanhol. mas não deixo de ler meus borges e cortázar.

de qualquer forma, posso afirmar com certeza que existem textos maravilhosos em trocentas línguas que a gente nunca vai conhecer.

e é meio arrogante dizer que nunca encontrou ninguém que aprecie a língua como vc. talvez as pessoas apenas não saiam por aí alardeando seus gostos. do meu círculo atual de amizades, ninguém sabe que falo russo. pra quê? o gosto é meu. eu leio sozinha.

continuo na resistência contra esse "o brasileiro". por quê? somos todos suíços aqui?

Anônimo disse...

aliás, sempre que um brasileiro fala:"o brasileiro", ele já se exclui de muita porcaria. quase um ser superior. ah, dai-me saco.

lola aronovich disse...

Anônimo das 13:398, eu não vou ficar procurando palavras no link pra saber se vou liberar ou não um comentário. Comentários que deixam apenas um link, sem explicar do que se trata, e ainda mais vindo de anônimos, têm raríssimas chances de ser publicados. Minha sugestão é pra explicar um pouco do que se trata o link. Ah, e assinar o comentário. Quando um comentário é anônimo e não tenho certeza se vou ou não liberá-lo, sinceramente, eu nem pisco.

Anônimo disse...

pessoa do "há pessoas que"- quem não pode argumentar, normalmente parte pra ataques e ironias de nível pessoal. por que não podemos discutir o que foi escrito? gêneros, não os confundi. não gosto mesmo dos escritores.

e nem é o que ando lendo, aliás. daí não sei qual seria meu incômodo, já que vc não me conhece. até pq eu não parti pro pessoal, como vc fez. quem fala muito do que não conhece acaba falando mais de si mesma, já que é o único terreno conhecido.

Anônimo disse...

há pessoas que não sabem qdo parar uma conversa.

Anônimo disse...

Ok, Lola, apague os links sem piscar.

Anônimo disse...

Anônimo disse...
eu particularmente não gosto de espanhol. mas e daí? fui aprender outras línguas, até servo-croata. . . e é meio arrogante dizer que nunca encontrou ninguém que aprecie a língua como vc. . . . eu leio sozinha. continuo na resistência contra esse "o brasileiro". por quê? somos todos suíços aqui?
2 de agosto de 2012 13:49

vc tem todas as características da brasileira sensível, em outras palavras, complexada.

Anônimo disse...

Lola, para sua consideração.
Seria legal vc publicar uma vez ao mês um post sobre algum livro que vc tenha lido recentemente... e seria bacana se vc nos avisasse com um mês de antecedência para que nós tb lêssemos o mesmo livro. Qdo do seu post, poderíamos participar tb com comentários sobre a leitura. Apenas uma sugestão, pois o post 50 Tons gerou uma boa conversa considerando que quase ninguém aqui leu o livro.

Anônimo disse...

. . . continuo na resistência contra esse "o brasileiro". por quê?
2 de agosto de 2012 13:49

vc talvez preferisse "@ brasileir@" e fui displicente em não considerar tal opção.

Anônimo disse...

OFF TOPIC
Jim Holt’s new book Why Does the World Exist? An Existential Detective Story.
http://www.math.columbia.edu/~woit/wordpress/?p=4672

Anônimo disse...

. . . eu leio sozinha 15:16

ah! peguei o fio da meada, trata-se de uma solitária com característica egoísta e com isso Machado e Assis teria criado outra Capitu...

Anônimo disse...

amo literatura amo ler e estou sempre a alardear o que leio o que li o que vou ler e quero ler tudo o que de bom outra pessoa indicar

Anônimo disse...

The Rise of Bondage in Literature
Emily Rooney, American journalist
http://www.wgbh.org/programs/The-Emily-Rooney-Show-854/episodes/Wed-42512Fifty-Shades-Of-Grey-And-The-Rise-Of-Bondage-In-Literature-38114

Anônimo disse...

Aceito de alguém que tenha lido o livro dizer que está mal escrito. Mas quem não leu dizer que está mal escrito?!!! Ao menos diga "dizem que o livro está mal escrito". A propósito, a mulherada que vai correndo comprar e ler e depois diz que tá mal escrito, mas já não sabiam disso antes de o ler?

EneidaMelo disse...

Creio que o problema não é o artigo "o" em "o brasileiro".

O problema é esse supor que os brasileiros são todos iguais nesse ou naquele aspecto.

Eu tenho o mesmo problema. Pra mim, isso não existe. Pessoas são todas diferentes umas das outras.

Anônimo disse...

Lá fora o homem estrangeiro vê a mulher brasileira como fácil de se conseguir para uma transa e a mulher estrangeira vê o homem brasileiro como um machista rude e dominador. Sim, essa é a imagem que o homem e a mulher do Brasil têm lá fora, nos países mais avançados.

Anônimo disse...

Eneida, é impossível considerar cada cidadão em meio a uns 200 milhões. Cada povo tem sua própria idiosincrasia e qdo tratamos de um todo é assim a comunicação. O excesso de sensibilidade dá em complexo de inferioridade... que nã é o caso do movimento feminista, pois é um movimento que busca justiça, algo bem diferente dessa picunha em que querem transformar meu comentário original.

Elis disse...

Só digo uma coisa: leiam "My Secret Garden" de Nancy Friday e se deliciem com algumas fantasias femininas. Beijos pra todas.

Ah, depois digam o que acharam.
Podem me mandar um email: elis_model@hotmail.com

Ah, Lola, parabéns como sempre!

Bjossssss

Anônimo disse...

"My Secret Garden" foi publicado nos EUA em 1973, para quem se interessa a qtas andava o feminismo erótico há 40 anos, qdo a maioria que passa por aqui nem havia nascido.

Anônimo disse...

Lola e quem mais passar por aqui conhecem e usam algum site para troca e livros? Estou pensando em participar de um e encontrei dois:
www.skoob.com
www.livralivros.com
leio muito e quase sempre em inglês e acabo doando meus livros pralgum brechó/sebo mas como meu acesso a livro em português é limitado e livros em inglês sao caríssimos no Brasil, penso que seria uma boa maneira de trocar livros em inglês por livros em português... alguém opina algo?

Anônimo disse...

acho que teclei errado um dos sites, confiram:
www.LivraLivro.com

(Livro e naum Livros)

EneidaMelo disse...

Eu uso o Skoob, mas só uso para cadastro de livros. Mas tem sistema de trocas sim, eu que nunca usei.

Anônimo disse...

Eneida, estou na dúvida se opto pelo LivraLivro ou pelo Skoob. E que pena vc ter parado com seu blog.

EneidaMelo disse...

Parei porque vi que não tenho timing. Só vou conseguir postar algo tempos depois que o assunto já saiu da moda.

Anônimo disse...

Li o livro gostei mas achei muito repetitivo.
Alguem lembra do filme 9/2 semanas de amor aonde o personagem de Mickey Rourke era bastante dominador. não deixa a personagem não fazer nada e dava ate comida na boca dela.

Lú disse...

Sou casada há três anos e sou a submissa. Há três anos ESCOLHI isso, eu ESCOLHI apanhar, PERMITI que ele me vestisse, PERMITI que ele me castigasse, é estranho dizer, mas não me sinto mal por isso, eu o amo e sinto muito, muito prazer com as experiencias que tive até hoje com ele. Foi tudo uma questão de escolha, acho que o corpo é meu, eu digo o que pode fazer ou não com ele. E eu disse.
Li o livro antes de ontem e achei bem engraçado e fiquei imaginando estar na pele de Ana, tendo que assinar um papel sem antes saber se realmente vai gostar ou não. No meu caso não houve nenhum contrato, quando a gente já estava junto ele foi me mostrando aos pouquinhos e eu dizia o que eu aguentava ou não.

AquilesMarchel disse...

mais um romance idiota pós crepusculo, algumas das frases de sua critica soaram arrogante como se voce soubesse o que signinicasse o filme cisne negro mais que qualquer outra pessoa..mas d eresto concordo...mulheres modernas, fáceis de iludir e enaganar com litearatura barata e olha que gosto de literatura barata

Alice disse...

Lola,

Você me surpreendeu. Juro que eu pensei que vc seria mais uma das feminista a falar que o livro é machista. Devo admitir que isso confirma que vc é bem mais inteligente que a média.

É incrível como tem feminista boba que acha o livro machista. Como um livro em tudo é negociado e consentido, em que o cara sinceramente se preocupa se sua parceira vai ter prazer e praticamente rasteja para que ela o aceite pode ser machista? A verdade é que o livro é totalmente sincero sobre o que as mulheres querem: um homem atencioso, apaixonado e fiel. Mas, como todos os cafajestes da mídia preferem morrer a admitir isso, palmadas e mordidas sexuais e consensuais viram violência e submissão. Oh, deusa, dai-me paciência!

AngieB disse...

Leio fanfics ha muitos anos,em muitos fandons e traduzo muitas. E li Master of the Universe -MotU, que seria 50 shades há mais de 2 anos. E comecei a traduçao para o portugues do começo disponivel na epoca.
A James/Icy perseguia as tradutoras por dizer que quem nao sabia ingles nem deveria ler a "obra" dela. Acho uma ironia agora a trilogia estar sendo traduzida livremente. Queria ver se ela desse uma declaraçao xenobobica assim agora.
Ela foi toda escrita como fanfic, e antes de postar este genero, você posta um aviso legal abrindo mão dos direitos autorais, que não irá lucrar com isso, já que voce está explorando os persongens e tramas e fans de outrem. Ou seja, publicaçao de fanfics é ilegal e imoral. E mesmo que muitos de fiem numa brecha da lei dizendo ser mutaçao literaria, por que todas as fanfics publicadas mudam de titulos e somem com seu passado como tal? Por medo dos processos de copyright.Nao vi ninguem falar disso em nenhum post. Há centenas de fanfics sendo publicadas,e nao apenas de twilight.Mas antigamente isso era um exercicio criativo e quando o autor tinha um sucesso, ele publicava um material ORIGINAL dele. O mais ironico que a Icy agora proibiu fanfics da sua trilogia.
E sou a favor da democratização da cultura na internet,então creio ser um abuso uma obra que era gratuita e livre,agora ser comprada e caçada na rede.
Alem da total desinformaçao de uma relaçao BDSM. Eu parei a minha traduçao por isso, porque a medida que a fanfic foi avançando, o personagem nao era um dominante, aquilo era uma relaçao abusiva fisica e emocional, a personagem era super insegura, e como o conto era em 1a pessoal, ela se vitimizava em situaçoes BDSM que ela mesmo instigava. Alem de mostrarem todo o praticante de BDSM como alguem a procurar um psiquiatra para se "curar". Se voce nao leu toda a historia, por favor nao indique como leitura para mulheres, ou indique e faça um post sobre como é triste esta figura que mostram a mulher assim.
A historia é tao machista como Crepusculo, as citaçoes do original nem foram removidas. É a mesma estrutura e os mesmos personagens, pois apenas mudou-se os nomes, nem uma correçao ortografica ou ediçao o material passou. É triste ver este material sendo um sucesso literario.
E nao elogio que bom que isso despertou a sexualidade feminina, pois há romances de bancas melhores que ele e lidos desde sempre. Como já foi dito aqui, o quanto ha livros eroticos excelentes, de autores ou autoras. Acho pessimo virem que isso é um clamor femino de pornografia e que é um marco da literatura erotica.
Esta trilogia nao é LE,e cospe nos excelentes livros que podem ser classificados aqui.Nao há nada de original ou revolucionário ou para se refletir.
O que me entristece é ver como as pessoas sao manipuladas pela midia,pois estes livros nao param de aparecer para todos os lados. É a mesma coisa do Crepusculo, pessima literatura, copia barata dos classicos do sec XIX. De novo, prova como nao se le. É uma copia de Jane Eyre de Bronte, tirando toda a essencia feminista daquela obra e mantendo as estruturas que naquela epoca podiam ser revolucionarias como a guerra de classes e origens.
Hoje vir glorificar uma protagonista feminina insegura e que se acha inferior em todos os sentidos, que nunca se masturbou, que é virgem, que so vai ter 1 parceiro seu marido/salvador, que é totalmente controlador e abusivo, sim é machista. Tanto nos livros da Meyer como nos da James/Icy.
E essa era uma discussao que gostaria que fosse tocada, porque onde leio apenas diz que estes livros provam que a mulher quer apanhar e ter marido rico e bonito.
Creio que a questao é que as mulheres querem um parceiro que as aceite, com todas as noias que uma sociedade patriacal fere, que saiba o que quer, e nao se melindre com as decisoes delas.Eu sinto que as mulheres querem romance e estao cansadas dos homens dizerem que perderam isso por serem feministas.Mas o que eu sinto mais é que ainda as mulheres, nós, temos um complexo de inferioridade forte.

GIS disse...

E UM CONFLITO DE EMOCOES PARA OS PROTAGONISTAS DA HISTORIA .TEM UM MUNDO EROTICO MAS OS SENTIMENTOS SAO BEM PROFUNDOS.

Anônimo disse...

Comecei a ler O Despertar da Bela Adormecida, mas não consegui ir muito longe.

É horrível e não tem nada de consensual. Começa com um estupro e continua com estupros.

Luci

Anônimo disse...

Desde quando explodiu o lançamento desse livro, após todo o alvoroço, resolvi ler alguns trechos do livro, e minha opinião: não gostei! Já estive em um relacioanamento onde o rapaz em questão não foi aberto sobre as preferências sexuais dele, apesar de ter demonstrado que queria submissao de minha parte no relacionamento como um todo, o culto aos bens dele estava lá, ao quanto ele era bom nisso e aquilo também, como ele queria que eu me derretesse aos pés dele e fizesse todas suas vontades e depois ser recompensada por um mimo qualquer, vou te falar uma coisa, pra mim não foi nada agradável receber um tapa durante o ato, achei totalmente humilhante. Prezo num relacionamento, seja o tipo que for, o respeito, carinho e companherismo.

Bom, mas não somos todas iguais e cada uma encara a situação de uma forma diferente. Mas estou me sentindo uma ET por não gostar do livro. Rs, vejo minhas colegas de trabalho, lendo comentando e achando linda a história de amor, e falando que eu sou do contra só por não ter gostado.
Aí fico pensando, será que todas essas mulheres já passaram por situação parecida em seus relacionamentos? E será que se experimentassem iriam realmente gostar?
Pois uma coisa é usar acessórios para o prazer, após um dialogo franco e apimentar a relação com os cenarios citados.
Outra é se submeter aos desejos do outro incondicionalmente.


tenho 27 anos, não sou religiosa, nem feminista, respeito a liberdade de expressão. Mas penso que a humanidade está super valorizando o prazer carnal e o status, e sucessos como esse, me assustam.

Ítala Nepomuceno disse...

Tenho observado que o "50 tons de cinza" tem agradado muitas mulheres. Na minha opinião, isso se deve ao fato de ele ser um material erótico dirigido ao público feminino, acho realmente que as leitoras tem um certo orgulho e acham um sinal de liberdade sexual assumirem que estão o lendo. Além do mais, parafraseando a historiadora Mary Del Priore, "como todo romance erótico, o livro põe a leitora na situação de 'voyeur', com um bônus: há chance de curtir fantasias sem punições morais no desfecho".

No entanto, não há como negar que a literatura dispõe de obras mais complexas,muito melhores, inclusive de cunho erótico, e inclusive direcionadas ao público feminino.

E L. James, autora do livro, não teve habilidade de tratar o sadomasoquismo se não como uma espécie de expressão feminina de um suposto desejo de ser dominada. A protagonista é um tanto passiva, impressionável, e aceita um contrato com condições absurdas. Além de tudo, acredita em uma análise fantasiosa dos motivos que teriam feito de Christian Gray um sadomasoquista (ou só sádico? não sei).

Resumo: o livro é péssimo!

Anônimo disse...

O absurdo disso tudo não é uma mulher ler o livro e se interessar pelas descriçoes eroticas. É ela concordar que um homem com um comportamento ridiculo é um principe encantado. Que é bonitinho o fulano ficar seguindo a fulana pra todo lado e querer controlar ela. É isso que muitas(os) feministas não engolem.

Anônimo disse...

Achei muito pobre, maçante, uma leitura que simplesmente não me prendeu. #OpiniãoPessoal